A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é uma das doenças mais frequentes no homem.
Consiste no crescimento benigno da próstata. Seu crescimento é decorrente de processo natural e inerente ao envelhecimento do homem, ligado diretamente à testosterona (hormônio masculino).
O aumento da próstata pode causar a diminuição do diâmetro da uretra (o canal da urina), dificultando a micção e consequentemente prejudicando o esvaziamento da bexiga.
O jato urinário apresenta-se fino, fraco e intermitente. Surge a necessidade de fazer força para urinar. No final da micção pode ocorrer o gotejamento e a sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada. Com a evolução da doença, aparecem os sintomas irritativos. A frequência urinária aumenta, ou seja, o indivíduo urina com intervalos cada vez menores, acorda várias vezes durante a noite e precisa correr para o banheiro, pois a vontade é súbita e incontrolável.
Além dos sintomas, a HPB pode trazer complicações como: hematúria (sangramento na urina); infecção urinária de repetição; cálculos na bexiga; retenção urinária e até mesmo insuficiência renal.
Estima-se que cerca de 50% dos homens apresentam algum grau da doença após os 50 anos; e que mais de 30% necessitarão de tratamento durante a vida. Por isso, a HPB, juntamente com o câncer de próstata, deve ser motivo de vigilância nas consultas urológicas, principalmente a partir dos 40/50 anos de vida.
No acompanhamento do paciente com hiperplasia prostática benigna, além do exame de PSA (antígeno prostático de superfície), que é dosado no sangue, o exame físico através do toque retal é importante para avaliar a dimensão, consistência e presença de áreas sugestivas de malignidade na próstata. Exames como a ultrassonografia e outros testes para avaliar a qualidade do fluxo urinário podem ser realizados.
O tratamento é realizado em função da intensidade dos sintomas urinários e do tamanho da próstata. Pode-se utilizar desde o tratamento clínico como alfabloqueadores (reduzem a resistência uretral) e inibidores de 5 alfa redutase (reduz o tamanho da próstata) até procedimentos cirúrgicos invasivos como por exemplo técnicas para remoção do tecido prostático (aberta ou endoscópica). A cirurgia endoscópica através da técnica plasma button (vídeo acima) proporciona mínimo sangramento, menor tempo de internação e excelente recuperação
A cirurgia endoscópica através da técnica plasma button proporciona mínimo sangramento, menor tempo de internação e excelente recuperação do paciente.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que o exame de próstata seja realizado anualmente após os 50 anos de idade. Para aqueles que possuem história familiar de câncer de próstata, o exame da próstata deve ser realizado aos 45 anos de idade.